Caras e Caros Covelenses,
É com alguma tristeza que nos
dirigimos a todos os Covelenses, pois sabemos que, devido a ações partidárias criadas
artificialmente, com o único propósito de atacar e descredibilizar a Junta de
Freguesia de Covelas e o seu Executivo, a nossa população está a ser enganada
e manipulada para criar instabilidade e preocupação.
Por isso, é com toda a frontalidade
e transparência, as mesmas que sempre nos caracterizaram, desde a primeira
hora, que vos fazemos chegar este infomail, para vos explicar o que se
está a passar e para vos garantir, de coração aberto, que em momento algum, o
futuro da nossa Freguesia de Covelas esteve ou estará ameaçado.
Em causa, está a intenção da Resinorte de construção, na nossa Freguesia de Covelas, junto à estrutura existente em Santo Tirso, de uma Unidade de Confinamento Técnico, equipamento vulgarmente conhecido por Aterro Sanitário, exclusiva para resíduos sólidos urbanos, ou seja, o lixo que é produzido em nossas casas, depois de processado na unidade de tratamento mecânico e biológico de Famalicão - Riba de Ave, tendo, portanto, uma carga orgânica muito reduzida.
Esta proposta foi apresentada à
Câmara Municipal pela Resinorte, a 21 de dezembro de 2017, no final de uma
Reunião de Câmara, a todos os membros do Executivo Municipal, incluindo os dois
Vereadores da Oposição, eleitos pelo Partido Socialista, para dar conhecimento
dos eventuais impactos sociais, ambientais e económicos da estrutura.
Este assunto não foi nem nunca
será, um dossier oculto ou tabu, como querem fazer crer.
A verdade é que, como todos os Trofenses
sabem, este Executivo Municipal tem por princípio, não falar de suposições, nem
de cenários hipotéticos, só falamos de factos concretos e de certezas, pois
é do conhecimento geral o mal que os “ses” e os boatos, fizeram à nossa terra,
no passado.
E neste momento, a construção desta
Unidade de Confinamento (Aterro Sanitário) é apenas uma intenção da Resinorte, que
terá que obter todas as licenças necessárias, da parte das autoridades
regionais e nacionais, designadamente do Ministério do Ambiente, respeitando
as diretivas rígidas da União Europeia.
Independentemente da emissão do
parecer prévio não vinculativo da nossa Câmara Municipal, esta Unidade
poderá avançar, se o Estado Central assim o entender, e nesse cenário o Aterro poderá
ser construído. Por isso, por acreditarmos e defendermos que os Covelenses
merecem respeito e merecem ser recompensados, tínhamos exigido contrapartidas
que seriam canalizadas para benefício direto de todos os habitantes de Covelas,
como por exemplo, a construção da infraestrutura de rede de abastecimento
de água, a requalificação de vias, a implementação de ilhas ecológicas/estruturas
enterradas, a limpeza de montureiras, a colocação de equipamentos de recolha
seletiva de resíduos e ainda o desenvolvimento de ações de sensibilização
ambiental, entre outras.
Nós somos exigentes e
intolerantes com qualquer ameaça à qualidade de vida da nossa população, e nessa linha, negaremos qualquer pedido de licenciamento que
venha a colocar em causa a qualidade de vida do nosso território.
É pois, com orgulho que reafirmamos
junto de todos os Trofenses, que temos provas dadas, de que estamos aqui para
defender os interesses de todos.
Quem se recorda do enorme problema
que existia na Savinor? Há seis anos, conseguimos
resolver este problema dramático que se arrastava há mais de três décadas, e
esse sim, tirou anos de qualidade de vida a tantos e tantos Covelenses.
Conseguimos eliminar, quase na
totalidade, os maus cheiros que incomodavam as nossas populações dia após dia,
depois de meses de negociações com a empresa, com a Agência Portuguesa do
Ambiente e com o Ministério do Ambiente. E se bem se lembram, só divulgamos esta
vitória de todos os Trofenses, quando estava tudo resolvido.
É assim que trabalhamos, com certezas,
com firmeza e com convicções.
Não nos identificamos com
práticas pouco claras que outros adotam de desinformação, de ataques pessoais,
de achincalhamento e de tentativa de manipulação da nossa população com interesses
partidários obscuros. Afinal, é fácil de concluir, que todo este “ruído”, só surge
porque estamos a pouco mais de um ano das eleições autárquicas.
Pedimos a todos os Covelenses,
que acreditem na seriedade e na boa fé do nosso trabalho, bem como na transparência
deste processo, tal como de todos os processos em que nos envolvemos.
Por tudo isto, e com a mesma responsabilidade
de sempre, garantimos a todos os Covelenses que, quando tivermos que nos
pronunciar oficialmente sobre este projeto, a nossa resposta será: ATERRO EM
COVELAS NÃO!
Queremos clarificar que não
estamos contra a Resinorte, entidade que nos merece toda a consideração e com
quem queremos continuar a trabalhar, mas nunca poderemos fazê-lo abdicando
da nossa paz social e da nossa coesão.
Apesar de termos a convicção de
que esta Unidade não prejudicaria a qualidade de vida das nossas populações e
representaria um conjunto de contrapartidas importantes a favor da Freguesia, estaremos
ao lado da vontade dos Covelenses.
Depois de ouvida a nossa
população, depois de sentir o coração dos Covelenses, depois de ouvidos os
membros do Executivo da Junta e da Assembleia de Freguesia, bem como os
partidos, designadamente o PPD/PSD e o CDS/PP, que suportam a Coligação Unidos pela
Trofa, A NOSSA CÂMARA MUNICIPAL TUDO FARÁ PARA QUE ESTE ATERRO NÃO SEJA UMA
REALIDADE.
Esta é a Trofa do futuro,
pensada com rigor, com sobriedade e sobretudo com amor.
Um abraço,
O Executivo da Câmara Municipal da Trofa,
Sérgio Humberto
António Azevedo
Lina Ramos
Renato Pinto Ribeiro
Sérgio Araújo