EMPRESA, SEDIADA NA BAVIERA, ERA UMA DAS MAIS FORTES CONCORRENTES DA METALÚRGICA TROFENSE
A empresa trofense Metalogolva adquiriu a área de iluminação da gigante europeia Europoles, que fatura 52 milhões e emprega 360 pessoas. Na Alemanha, o maior mercado da exportação na Europa e onde tinha apenas escritório comercial e plataforma logística, a metalomecânica fica agora com três unidades industriais – a que soma outra na Polónia – e mais de 360 trabalhadores.
A empresa da Trofa Metalogalva fechou a compra da divisão de iluminação da gigante Europoles, que em 2020 faturou cerca de 52 milhões de euros. No período de três meses, a empresa completa a aquisição dos líderes na Alemanha e França.
Ao Jornal de Negócios, Sérgio Silva, CEO do Vigent Group, que integra a Metalogalva, destacou que a empresa sediada na Baviera uma das principais concorentes a nívei europeu, “tendo a oportunidade surgido no decorrer do processo de insolvência da casa-mãe”. A Metalogalva não revela o montante investido nesta operação, com que reclama a liderança europeia no setor da iluminação pública.
Especializada na produção de colunas de iluminação pública e de outras estruturas ligadas ao transporte de energia, renováveis, telecomunicações, rodovias ou ferrovias, a Metalogalva muda a designação germânica para Tecpoles, com “a estratégia de manter a adquirida e a sua rede comercial independentes”.
A Metalogalva foi criada em 1971 pelos irmãos Adelino e Joaquim Silva, e conta atualmente com 1300 funcionários e cinco unidades em Portugal, espalhadas pela Trofa, Vila do Conde e Albergaria-a-Velha. Está presente em 14 países, com fábricas na Alemanha, Arábia Saudita, Argélia, Brasil, França, Polónia e Ucrânia. A estimativa de vendas consolidadas aponta para um crescimento de 140 milhões de euros em 2020 para 200 milhões em 2021, integrando já o contributo da francesa Petitjean, comprada em outubro ao grupo saudita Al-Babtain.
Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, Sérgio Silva valorizou “a capacidade da Metalogalva em reforçar a sua afirmação e expansão internacional”, mostrando orgulho por ver “a indústria nacional a ter destaque no panorama internacional”.
FONTE: Jornal de Negócios