MAIOR FARMACÊUTICA PORTUGUESA, COM SEDE NA TROFA, ESTÁ EM ACELERADO CRESCIMENTO
Num momento em que assume estar “a rebentar pelas costuras” no edifício-sede, a BIAL vai avançar com uma nova ampliação das suas estruturas centrais, localizadas na Trofa.
Num momento de enorme crescimento, a BIAL reestrutura e reforça a sua dinâmica, em várias dimensões: anunciou a substituição de Luís Portela por António Horta Osório no cargo de “Chairman”, concluiu a empreitada de cobertura dos edifícios da sede da empresa, na Trofa, com a instalação de um sistema solar fotovoltaico e, com as instalações centrais a “rebentarem pelas costuras”, deslocalizou algumas das suas equipas para Matosinhos. Mudanças sentidas apenas no último mês, naquela que é a maior farmacêutica portuguesa.
“Decorrente do crescimento da empresa e inerente a limitações físicas do atual edifício alocado a funções de âmbito administrativo, a Bial alugou um espaço no Centro Empresarial da Lionesa, com uma área de 650 metros quadrados”, revelou fonte oficial do grupo da família Portela ao Jornal de Negócios.
“Paralelamente, a Bial tem em curso um projeto de expansão das suas instalações na Trofa, nomeadamente ao nível do edifício de escritórios, área industrial e logística”, adiantou a mesma fonte à publicação. “A próxima ampliação do complexo que dá corpo à sede da Bial irá possibilitar acomodar as necessidades que existem hoje e para os próximos anos”.
Num investimento de cerca de 330 mil euros, a empresa realizou a cobertura dos edifícios da sede de forma quase integral com um sistema solar fotovoltaico. A empreitada, concluída há cerca de uma semana, consistiu na instalação, numa área de aproximadamente 2500 metros quadrados, de 1244 painéis solares fotovoltaicos de 410W, com uma potência instalada de 510kWp, o equivalente ao abastecimento, em média, de 200 habitações durante um ano.
Segundo a Bial, esta instalação irá permitir a produção anual de, aproximadamente, 746.741kWh e uma redução de emissões de 351 tonelada de CO2 por ano, o que corresponde aproximadamente à captação de CO2 por cerca de 2100 árvores. Este projeto traduz o compromisso assumido há vários anos e a responsabilidade da Bial em continuar a inovar na incorporação da sustentabilidade na gestão do negócio e das suas operações, bem como a ambição de proteger o ambiente e contribuir para uma economia mais sustentável”, salientou ao Negócios José Redondo, administrador da área financeira e industrial do grupo.
A Bial emprega mais de mil pessoas, dos quais 159 são investigadores, de 17 nacionalidades, tendo já lançado no mercado mundial os primeiros medicamentos de investigação portuguesa – um para a epilepsia e outro para a doença de Parkinson, nos quais investiu mais de 600 milhões de euros.
Tendo fechado o pandémico ano de 2020 com um volume de vendas de 344 milhões de euros – mais 11% do que no ano anterior – em 60 países, dos quais 80% correspondem a exportações, canaliza mais de 20% da sua faturação para I&D.
FONTE: Jornal de Negócios