PEÇA É DESTAQUE DURANTE TODO O MÊS DE MAIO
Durante o mês de maio, a Câmara Municipal da Trofa convida a conhecer mais uma peça arqueológica oriunda do Castro de Alvarelhos. Em destaque está uma base e fuste de coluna da era romana, que está exposta na Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões – Polo de Alvarelhos.
A arquitetura foi uma das manifestações mais relevantes dos romanos, em que a estabilidade, a utilidade e a beleza estabeleciam a regra. A coluna surgiu no antigo Egito e foi frequentemente utilizada na Grécia antiga. No entanto, foi em Roma que o seu uso se generalizou. Concebida para sustentar estruturas, era aplicada na fachada e no interior de edifícios públicos, como: templos, fóruns, termas; e de edifícios privados, como: casas (domus), palácios, villas, entre outros.
Com uma forte componente decorativa, a coluna, foi também integrada na arquitetura comemorativa ou triunfal romana. As colunas eram construídas com materiais como: a pedra, alvenaria, madeira, metal ou tijolo, o que permitia uma diversidade na forma, na dimensão e na decoração. Esta multiplicidade possibilitou a classificação e organização em ordens arquitetónicas: a dórica, a jónica e a coríntia, pelos gregos; a toscana e a compósita, pelos romanos.
Estruturalmente, as colunas pertencentes a estas ordens são compostas por vários elementos: a base é o elemento de ligação do fuste ao pedestal ou pavimento, apresenta-se sobre um plinto seguido de discos de perfil côncavo ou convexo; o fuste é o elemento vertical de apoio, pode ser constituído por uma só pedra ou segmentado através da sobreposição de diversos blocos, decorado ou não, consoante o estilo; e o capitel, o elemento entre o fuste e a arquitrave (carga horizontal), que é normalmente a parte mais trabalhadora da coluna.
A base e o fuste, em exposição, pertencem à ordem toscana e foram retiradas de ruínas de domus do Castro de Alvarelhos, sugerindo que lhes pertenciam.